sábado, 10 de abril de 2010

Lição de vida após ficar paraplégico!!!




Superação e muita determinação são as palavras que Jean Kraud nos passa, para encarar a realidade de como deve ser a volta por cima!

São exemplos assim que devemos seguir, temos que está disposto para lutar diante das nossas limitações porque pessoa assim que é fonte de inspiração para continuar em frente...

“Em janeiro de 1993, vinha da casa de uma amiga no Castelo Branco e passou uma pessoa em um bugre amarelo, atirando para todos os lados e um dos projéteis pegou na minha coluna. Assim que levei o tiro deixei de andar. Em nenhum momento fiquei inconsciente, fiquei lúcido e já veio aquilo na minha cabeça. Quando cheguei na frente do hospital falei: Mãe, acho que não poderei mais surfar, jogar basquete”.

Na época, Jean tinha 19 anos, e cerca de um ano antes havia sido aprovado no concurso da Polícia Militar da Paraíba. Naquele dia estava de folga e por isso não pôde ser reformado com uma patente mais alta. Foi para a reserva como soldado mesmo.

Ele também lembra que foi naquele momento que soube quem eram seus amigos de verdade: “Posso te falar que 95% se afastou, mas os 5% que ficaram até hoje são meus amigos”.

Após deixar o hospital, Jean Klaud foi para Brasília (Hospital Sarah) fazer tratamento com o pensamento de voltar a andar. Contudo, já no primeiro contato com a fisioterapeuta, ao dizer que estava lá para recuperar os movimentos da perna foi questionado:
“Ela falou que foi lá para me reabilitar e fazer, daquilo que fazia antes, o máximo que pudesse, mas não para voltar a andar. Com apenas 19 anos era tudo novo e difícil. Tive que reaprender tudo novamente. Conheci pessoas de todo o país que estavam na mesma situação que eu ou até pior e vi que não era o fim.

A volta por cima através do esporte...

Foi nesse momento que resolvi voltar ao esporte”, passou a praticar basquete em cadeira de rodas no próprio hospital Sarah e reaprendeu tudo: desde calçar um tênis até entrar e sair de um carro.

Cinco meses depois, de volta a João Pessoa, entrou na equipe de basquete da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e cerca de dois anos depois sentiu o peso do preconceito de forma mais dura. Ao questionar o então treinador do time sobre o motivo deles não viajarem para disputar competições, a resposta foi seca:
Não vamos porque dá trabalho”.

Aquele foi o último dia de treino de Jean pela equipe. Depois disso, nunca mais voltou lá e logo em seguida recebeu um convite para treinar em uma equipe do Recife. Vários atletas seguiram seus passos, deixaram a UFPB e o time acabou. Passou um ano na capital pernambucana e chegou a ser até campeão sul-americano.

De volta a João Pessoa, montou uma microempresa e se instalou de vez na Paraíba. Foi então que em 1998 conheceu Jaílton Miranda em uma oficina realizada no Unipê. Naquele encontro surgiu a idéia de criar uma equipe de basquete em cadeira de rodas na Vila Olímpica Ronaldo Marinho. Jean começou a reunir os jogadores da época em que jogava na UFPB e o projeto cresceu.

Enquanto alguns atletas já estão em quadra realizando o aquecimento antes do início do treino, um outro desce os lances de arquibancada do ginásio da Vila Olímpica Ronaldo Marinho de forma lenta e cadenciada. Sem o movimento das pernas, ele senta no chão e começa a descida dos degraus. Conta apenas com o auxílio de duas almofadas, que ele mesmo alterna entre os degraus para não sujar a roupa. Quando chega ao último, senta-se na cadeira de rodas para o treinamento e se apresenta:

Aos 35 anos, Jean Klaud é jogador da seleção paraibana de basquete em cadeira de rodas e tem no currículo os títulos do Campeonato Brasileiro e Sul-americano, além do Norte-Nordeste, sendo este último invicto. Atualmente, ele se divide entre os treinos no antigo Dede e as atividades na recém-criada Associação Atlética dos Portadores de Deficiência Física (AAPD).

Atualmente, o time treina diariamente no ginásio do Dede e já tem alguns títulos importantes: Campeão do Norte-Nordeste, de forma invicta, e Campeão Brasileiro da Segunda Divisão.

“O esporte representou a vitória. Hoje posso dizer que sou vitorioso, pela minha luta, força de vontade, pelas pessoas que me ajudaram. Foi assim que me mantive até hoje. Como não posso mais andar com as pernas, toco a cadeira e chego onde quero”.

Além disso, aconteceu o fim de um relacionamento de 7 anos de namoro.Talvez ela não tenha assimilado a situação, não entendeu, enfim, acho que houve o desgaste e acabou.

Por outro lado foi bom, pois conheci Katarina.

“No início, as pessoas perguntavam como Katarina namorava um cara em uma cadeira de rodas e ela me defendia. Falavam que eu não poderia ter filhos, que tinha ficado impotente, essas coisas. Hoje temos uma filha(Bruninha) e já estamos pensando em ter outro no ano que vem.

O objetivo agora é ir mais além. Ele é diretor de esportes da AAPD/PB e iniciou uma nova luta: a construção de uma Vila Olímpica adaptada aos paraatletas.



Endereço: Avenida Mato Grosso, 828 - dos Estados - 4895 - PB

Fone: (83)3225-3470 Email: doeaqui@yahoo.com

Apresentação da AAPD/PB A Associação Atlética dos Portadores de Deficiência da Paraíba (AAPD/PB), criada desde 2001, foi criada para representar os Deficientes Físicos na Paraíba através dos esportes Paraolímpicos, onde nosso Estado possui um dos maiores índices do Brasil de Portadores de algum tipo de deficiência, que são cerca de 14% na Paraíba. A AAPD/PB tem por objetivos principais: incluir os portadores de deficiência da Paraíba no esporte Paraolímpico, buscar uma maior valorização da Sociedade perante os portadores de Deficiência, além de incentivar resultados expressivos em competições nacionais e internacionais, buscando uma maior valorização dos atletas, e conseqüentemente, os transformando em verdadeiros profissionais do esporte. A nova gestão que se iniciou em agosto deste ano, formada na sua Diretoria Executiva por: Genilson Machado – Presidente
A Vila terá casas adaptadas para o paraatleta, ginásio para treinamento, piscina, fábrica de cadeira de rodas e várias outras coisas. Hoje temos atletas que moram em Santa Rita, Bayeux e a locomoção diária é difícil, sem contar as pessoas do interior do Estado. Todas as modalidades paraolímpicas serão atendidas.

Quase vinte anos depois do acidente, Jean diz que perdoa a pessoa que fez isso e que o sentimento é bem diferente da época:

“Não aceitava, sentia revolta, mas hoje estou tranqüilo. A pessoa que fez isso vai prestar contas a Deus”.
Dedicado ao cadeirante e as pessoas interessadas a conhecer a vida de um cadeirante!

14 comentários:

  1. Adimiro tudo o que vocês fazem pelos deficiente em geral, parabens.

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  2. Janete . Cavalcante de Brasilia18 de outubro de 2010 às 17:05

    Té amo muito , Meu subrinho querido , estou muito emocionada em ter visto seu depoimento , Beeeijos'

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  3. Nun dê Importancia o que as pessoas falam , você ja é um vencedor .

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  4. PARABÉNS VC É UM VITORIOSO, NUNCA DESISTA DE SEUS OBJETIVOS.

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  5. Deus te abençoe em nome de Jesus!!!

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  6. Muita força nesta hora só Jesus pode dar o que procuras a paz, segurança e eternidade.

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  7. Nossa Jean, parabens pela pessoa que vc se transformou, estou fazendo um trabalho de escola e vc vai ser o principal do trabalho :) Ha, nao ligue se as pessoas te derem as costas, pq vc concerteza é melhor que elas. Fiquei mt emocionada com sua historia...
    Que Deus te Ilumine sempree... Força, força, força e mt fé em Deus !!
    Abraço :)
    Ass: Alline *-*

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  8. parabens pela vitoria :) n se dx vencer pelos obstaculos, sempre va em frente ! esta de parabens por todo esse seu esforsso, acabei de ler e gostei mt !

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  9. sou fabia alves estou paraplegica estou bem melhor au saber desa superacao presizo supera essa faze que deus me ajude

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  10. Aqui em Portugal tem um medico, podem pesquisar no Google - Dr. Antonio Reis Neurocirurgião, é no privado que opera, pelo que sei é caro, o meu filho ja la foi ter com ele no Hospital da Cruz Vermelha, como referido é Hospital mas privado podem consultar tambem. é pioneiro e tem uma tecnica que só ele sabe. Disse-me que lhe devolveria a sensibilidade perdida, devolver o equililibrio, não aparecerem mais escaras e com a recuperação devolver-lhe o sentido de urinar sem ter de estar ligado a argalias bem como na parte das fezes. Falei com ele algumas vezes.Ficou de voltarmos a falar este mês, pois ia realizar uma cirugia para alem desta onde refere que não mexe na medula, isto para o caso do meu filho que ficou sem sensibilidade da cintura para baixo. Na que ira fazer em barcelona e num acidentado do Paris/Dakar ai vai aplicar as celulas tronco, pode ser que tambem volte a caminhar.Consegui pelo que esta descrito na net por a andar um individuo espanhol ao fim de 9 anos. Como me referiu, mesmo nao conseguindo por a andar melhora a qualidade de vida e o tempo o dirá. Vamos todos ter esperança e acreditar. O maior problema aqui são os elevados custos, pelo que calculo essa primeira cirugia deve rondar 40 ou 50 mil euros, se forem aplicadas as celulas entao ai nem imagino. Diz que a operação não corre riscos e que não e necessario tomar mais medicação, antes pelo contrario a quantidade que se toma hoje e diminuida. Pesquisem, tenho o contato dele. Pelo que li vem perto de 200 anualmente junto dele. Li a dias um pai dizer que o filho tinha sido operado por ele e ja via resultados positivos nunca antes alcançados.
    A vida e estranha e por vezes se ppergunta porquê, e um sofrimento para quem esta nessa situação, e para a familia e um luto para o resto da vida. Eu como pai estou muito em baixo, e tem mais não tenho como forma de pagar esses valores. Quem sabe amanha é outro dia, vamos ter fé e acreditar que amanha tudo poderá ser diferente. A vida e uma passagem e eu perdi o gosto pela vida. Coragem para todos voces, alguma coisa aqui vai o meu email: felicioalvarez@yahoo.com. Um bem haja para todos os cadeirantes de hoje, quem sabe amanha não voltem a caminhar

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  11. Meu nome é Heliomar Azevedo estudante e pesquisador de deficiência física, tenho um projeto chamado por mim de perna-ciborgui feito de um material projetado por mim que dará resistência as pernas do paraplégico para que ele possa fica em pé e andar. Já faz três anos que tento ajuntar recurso para desenvolver este projeto. O governo Brasileiro não procura e não investe em pessoas como eu. Si você conhece alguém que tem um sonho que nem o meu de ver pessoas paraplégicas andar. Mim ajude divulgue este projeto para as associações de deficiente, para patrocinadores e pelas redes sócias meu concontato, moro em Belém do Pará, Bairro do curió-Utinga, passagem Pantanal n 72, CEP 66610390, telefone: 91 32770998-91 88262260-91 81079290. Conta corrente: 014 137604-7, conto com sua ajuda.

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  12. Meu nome é Heliomar Azevedo estudante e pesquisador de deficiência física, tenho um projeto chamado por mim de perna-ciborgui feito de um material projetado por mim que dará resistência as pernas do paraplégico para que ele possa fica em pé e andar. Já faz três anos que tento ajuntar recurso para desenvolver este projeto. O governo Brasileiro não procura e não investe em pessoas como eu. Si você conhece alguém que tem um sonho que nem o meu de ver pessoas paraplégicas andar. Mim ajude divulgue este projeto para as associações de deficiente, para patrocinadores e pelas redes sócias meu concontato, moro em Belém do Pará, Bairro do curió-Utinga, passagem Pantanal n 72, CEP 66610390, telefone: 91 32770998-91 88262260-91 81079290. Conta corrente: 014 137604-7, conto com sua ajuda.

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  13. Parabéns bela historia de vida isso mostra q a gente não só e feliz se for completo fisicamente e sim no sentido sentimental e amoroso.

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