domingo, 16 de setembro de 2012

Injeção de células-tronco

Injeção de células-tronco devolve sensibilidade a pacientes com paralisia
 
Seis meses após receberem doses de células-tronco, indivíduos testados conseguiam perceber sensações de toque e calor
Cientistas da StemCells, Inc., nos EUA, desenvolveram um novo procedimento através do qual células-tronco são injetadas diretamente nas medulas espinhais de pacientes paralisados para restaurar a sensibilidade.
Os resultados revelam que, seis meses após receberem as doses de células-tronco, dois dos três indivíduos testados já conseguiam perceber sensações de toque e calor até a altura do umbigo.
Segundo os pesquisadores, apesar de parecer pouco, isso se trata de um enorme progresso para esse tipo de paciente.
Os testes foram conduzidos em três indivíduos parcialmente paralisados e que não apresentavam nenhuma sensação da região do peitoral para baixo que receberam injeções contendo 20 milhões de células-tronco neurais.
As células utilizadas no experimento foram obtidas através de doações de tecidos cerebrais provenientes de fetos humanos, e os pacientes receberam doses de drogas imunossupressoras para reduzir os riscos de rejeição.
“Após três meses, notamos que os três pacientes toleraram o transplante de células muito bem, e não temos preocupações de segurança neste ponto. Ficamos muito intrigados ao ver que dois dos três pacientes ganharam função sensorial considerável. Esses ganhos são inesperados em pacientes com lesões medulares desta gravidade, o que sugere que as células-tronco neurais estão tendo um efeito clínico benéfico”, afirma o pesquisador Armin Curt, do Balgrist University Hospital, em Zurique.
De acordo com Stephen Huhn, da Stem Cells, Inc., esta é a primeira vez que uma mudança desta magnitude sensorial tem sido relatada em pacientes com lesão medular completa após um transplante de células-tronco.
Embora os cientistas ainda não saibam exatamente como as células-tronco agem na restauração da sensibilidade em pacientes paralisados, eles acreditam que essas estruturas podem ajudar a restabelecer nervos danificados ou até mesmo fazer com que os nervos existentes funcionem de maneira mais eficiente.